domingo, 7 de dezembro de 2008

Jersey, uma raça de fácil manejo e de muitos lucros

A raça Jersey está há mais de 100 anos fazendo história e sucesso no Brasil. Ainda na década de 70, visando à introdução e a consolidação da genética Jersey nos rebanhos leiteiros de praticamente todo o país, medidas foram criadas como o Estatuto da Associação de Criadores de Gado Jersey do Brasil, para promover e posicionar a raça sobre um padrão de qualidade. Hoje o Brasil tem o melhor banco genético do mundo da raça, a qual é a mais eficiente de todas na produção leiteira, tanto que é a segunda raça mais criada no mundo devido às suas características e pode ser encontrada nos cinco continentes
Inério Krambeck criador da raça e proprietário da Cabanha União começou a criar o gado Jersey em 1989. Ele explica, que no início, por ainda não existir a raça na região foi difícil aprender a lidar com a nova criação. As primeiras matrizes que ele comprou foram em Concórdia-SC.
Sendo um dos pioneiros da criação na região, Krambeck foi um dos maiores criadores do Paraná. Filiado na associação do Estado e na sub-associação de Francisco Beltrão, ele ressalta que optou pela raça Jersey por ser um animal pequeno, que consome menos alimento que as demais raças e é um animal rústico, que se adapta com facilidade nas áreas mais acidentadas.
Segundo Krambeck uma vaca Jersey chega a pesar de 300kg a 350kg, em quanto as outras pesam 600kg a 700kg. No entanto, a criação da raça geralmente não está focada na produção leiteira e sim nas matrizes. (Vacas reprodutoras).

Produção de Matrizes

Hoje cerca de 90% da criação é feita por inseminação artificial com sêmen sexuado, a qual é uma genética avançada que garante a produção de fêmeas. Krambeck ressalta que as novilhas com um ano e meio já podem ser inseminadas. Outra questão é que todos os animais da raça são mochados, ou seja, tem os chifres amputados quando pequenos. O ato é necessário para evitar acidentes, uma vez que os animais são confinados todos juntos em locais fechados e podem se machucar se tiverem os chifres. “As fêmeas são mais dóceis, mas os touros geralmente são agressivos” explica o criador.

Produção leiteira
Krambeck chegou a ter 270 cabeças de gado, atualmente tem 120 cabeças de vacas para a produção e comercialização do leite. Além da produção leiteira é possível retirar cerca de 50% da gordura ou a nata como geralmente é conhecida. Ambos os produtos são embalados ainda na propriedade de Krambeck, que depois envia uma parte para os mercados e outra aos laticínios.
Uma vaca tratada apenas com ração produz em torno de 25 litros por dia. Mas para economizar, Krambeck conta que os animais da sua propriedade são tratados no pasto. “A qualidade do leite não diminui, mas a quantidade diminui, chegando a render aproximadamente de 12 a 15 litros por dia” argumenta.
O gado Jersey por ser uma raça de porte menor, não ocupa muito espaço, mas outros cuidados são necessários para obter uma boa produção. Krambeck informa que além de tratar com silagem, principalmente no inverno, no manejo de piquetes primeiro devem ir as vacas de leite e depois as vacas secas e novilhas.

Classificação dos tipos de leite
A qualidade do leite fornecido pela raça Jersey é um leite tipo “A”, pois é puro e não contém conservantes. Entretanto o Serviço de Inspeção Municipal – SIM não faz essa classificação e denomina o leite como Integral.
Após ser retirado das ordenhas, o leite vai para a industrialização, onde primeiro é pasteurizado, processo no qual é fervido durante meia hora a 68 e 72 graus e depois é invasado, cerca de uma hora poderá ser levado ao gelo. Todo esse processo é feito ainda na propriedade de Krambeck, que argumenta que as pessoas que compram o leite pasteurizado nos mercados têm o costume de ferver o leite antes de beber, sendo que não é necessário, pois ao pasteurizar a 68 e 72 graus, todos os germes são mortos e o que sobra são as proteínas e vitaminas. “Ao ferver o leite em casa, supondo a100 graus, as pessoas eliminam todas as partes boas do leite e ficam praticamente só com a água” argumenta Krambeck.

Venda
A comercialização de matrizes hoje é muito grande, pois na região Sudoeste a criação só existe em Coronel Vivida e Francisco Beltrão. Um dos motivos da procura pela raça Jersey é o incentivo do governo, que disponibiliza financiamentos de seis a sete anos para pagar com carência de dois anos. Sendo que nos primeiros dois anos só com a comercialização do leite é possível pagar o financiamento. Outro motivo pela procura da raça é que de dez animais, nascem outros dez animais por ano.

3 comentários:

paulo Ricardo disse...

Sem dúvidas, esta raça é a melhor na relação custo benefício,a vaca Jérsey e uma verdadeira usina de fabricar leite tipo "A", devemos ao Dr. Assis Brasil pela introdução desse gado no nosso país, tudo teve começo em pedras altas RS, lá estiveram as primeiras matrizes. JSouza,parabéns pela matéria!!

Unknown disse...

Boua noite JSOUZA moro em Campos dos goytacazes estado do RJ e
faço parte de uma instituto de ação social voltado para as comunidades menos favorecidas tanto na área rural como nas periferias( comunidades ) das cidades
E gostaria de saber se vc sabe como consigo incentivos junto ao governo ou outros órgãos para implantar um projeto de geração de emprego e renda votada para a área rural tão carente e desassistida, com um projeto de criação de uma pequena quantidade de gado Jersey para a produção dos derivados de seu leite e daí por diante esses produtores puderam cainha com suas próprias pernas.

Desde já agradeço
Sandro Cezário

Unknown disse...

Boua noite JSOUZA moro em Campos dos goytacazes estado do RJ e
faço parte de uma instituto de ação social voltado para as comunidades menos favorecidas tanto na área rural como nas periferias( comunidades ) das cidades
E gostaria de saber se vc sabe como consigo incentivos junto ao governo ou outros órgãos para implantar um projeto de geração de emprego e renda votada para a área rural tão carente e desassistida, com um projeto de criação de uma pequena quantidade de gado Jersey para a produção dos derivados de seu leite e daí por diante esses produtores puderam cainha com suas próprias pernas.

Desde já agradeço
Sandro Cezário